3.8.16

dos dias quentes em Split









fotos de meiomaio


À primeira vista não parecia nada apelativa. Mesmo assim, valeu a pena passar pelo monte de betão descaracterizado que rodeava o coração da cidade. E era como encontrar um tesouro. Um sem fim de pequenas ruelas labirínticas que o tempo foi moldando, cheias de maravilhosos detalhes, texturas, jogos de luz e sombra.
E assim se passou ali uma semana. Entre o reboliço dos turistas. O ar denso, húmido, por vezes quase irrespirável. O Adriático com as suas águas mornas sempre ali ao lado (e a única salvação naquelas tardes de quarenta graus). Gelados que escorrem pelas mãos. Fruta comprada nos mercados e devorada em qualquer cantinho de sombra que se encontrasse. Bureks gordurosos que besuntavam as mãos e enchiam a barriga. Música tocada com os amigos que já tínhamos feito em Zadar (tão bonita, aquela pequena familia de viajantes) e outros que fizemos ali; para nós, e nas ruas, para quem passava. E noites de risos e cerveja gelada, sentados no chão de Matejuška, um pequeno porto de barcos de pescadores onde toda a gente se encontrava.

Split, Croácia

4 comentários:

  1. é preciso assim. ir além da primeira vista e para isso às vezes é necessário furar muros de betão.
    e é tão bom quando se revelam tesouros.

    as tuas descrições e imagens são sempre tesouros mas, sorte a minha e a de todos os viajam neste cantinho, são fáceis de encontrar! ;)

    beijinho beijinho

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  2. Gosto tanto de viajar contigo Ana, dás-me sempre energia e vontade de partir. Estas tuas imagens são histórias.
    Um grande beijinho.

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    1. Muito obrigada querida Inês! ♥ Fico muito feliz que o que partilho te inspire a descobrir mais :)
      Beijinho.

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