20.9.17

de um azul impossível

Depois fomos até à floresta. Ao lago, às montanhas mais de perto (enormes, cada vez mais poderosas). Às águas frias e transparentes, ao bosque das árvores mais altas que alguma vez tinha visto, ao ar frio e límpido, à terra pura. Deitamo-nos naquele bosque, inundamo-nos dele e só aí, pouco a pouco, as palavras começaram a sair.
A energia daquela terra consome-me e alimenta-me ao mesmo tempo, como a paixão que tenho por ti. E que carga de melancolia em tudo aquilo (daquela deliciosa, em tons de azul). E tanta introspecção.






fotos de meiomaio


De repente, já estava submergida naquilo tudo. Em todo aquele verde, debaixo de um céu tão limpo e sob as águas mais puras e cristalinas que alguma vez senti, de um azul impossível. E deixo-me sentir o seu leve balançar, ali no meio daquele imenso lago, rodeada pelas grandiosas montanhas. E todo aquele silêncio que inunda a alma. Era a leveza, a liberdade, a plenitude.

Parque Nacional Nahuel Huapi, Patagónia, Argentina

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