in limbo. caer. volar.

São estas as palavras escritas num cartaz que me acompanha à algum tempo. E que ontem voltou a ser guardado numa mala de viagem.

Volto a estar assim. Sem pouso. Num tempo sem tempo, como se não existisse. Vão ser vinte e três dias no limbo. Entre a partida e a chegada. Entre o que deixo e ao que vou. Vinte e três dias flutuando, ao sabor do vento. (ai, e como eu gosto de flutuar...) Vou sem nada, não espero nada. Apenas o que tiver de vir. E isso, é sempre o melhor.

E assim me despeço daquela cidade encantada, daquela maravilhosa feiticeira, daquela paixão difícil, que foi amor à primeira vista, o primeiro pelo qual larguei tudo e fui atrás (e é tão bom largar tudo por amor). E a partir desse momento em que os medos se quebram e que seguimos o que realmente nos move já não podemos parar. Por isso te deixo, porque este ciclo se termina, porque outros se iniciam, porque o caminho é para seguir.

Obrigada querida Barcelona por me ensinares que os medos são para enfrentar, que a vida é uma linda poesia e que a magia acontece sempre. Obrigada também pelo teu sol, pela tua leveza e densidade ao mesmo tempo, pela intensidade, pela diversidade, pelas experiências. Tantas experiências. Pela libertação. Por me dares asas para continuar a voar.

fotos de meiomaio

Volto em vinte e três dias.